Ai, que dor...

Como já dizia uma famosa frase, “a idade chega para todos”. Inclusive para o seu animal de estimação. Aquele filhotinho pequeno e frágil que cabia na palma da sua mão foi crescendo, alcançou a idade adulta, até que num dia, quando você parou para se dar conta, notou aqueles pelinhos grisalhos nele e constatou que seu companheiro estava ficando velhinho.

A velhice é uma condição natural do animal, o problema é quando vem acompanhada de consequências desfavoráveis; no caso, estamos nos referindo às dores crônicas. Muitas vezes, não é tarefa fácil identifica-las, e, em outros casos, quando identificadas, pode ser tarde demais.

A dor é um assunto sério que merece atenção por parte do dono animal; no caso, você. Confira a seguir uma matéria especial a respeito da questão das dores no animal de estimação.

O PRINCIPAL CAUSADOR

A expectativa de vida dos animais de companhia aumentou no decorrer dos anos; uma boa notícia para seus donos. A má notícia, porém, é que isso possibilitou o aparecimento, com mais frequência, de doenças relacionadas à velhice. Dentre elas, a mais comum é a osteoartrite, que ataca principalmente os cães.

A osteoartrite é um termo que se refere à inflamação das articulações. Articulações são pontos de união que conectam dois ossos e facilitam a movimentação. As extremidades desses ossos são revestidas por cartilagem, que proporcionam suavidade aos movimentos e funcionam como amortecedores. O desgaste das articulações provoca inflamações que podem levar à perda total da cartilagem, fazendo com que os ossos fiquem expostos. Isso causa dor, que, por sua vez, limita os movimentos, e, consequentemente, afeta a mobilidade do animal.

SINTOMAS DAS OSTEOARTRITE

Diagnosticar que o seu bichinho está com osteoartrite nem sempre é fácil. Rigidez, dor e endurecimento são os principais indicativos da doença, porém, em alguns casos, eles não são visíveis.

Se o animal apresentar problemas em uma só articulação, ele pode apenas mancar; se, no entanto, apresentar problemas em várias articulações, ele passará a evitar certos movimentos que podem intensificar a dor, e apresentará certos sinais: rigidez e lentidão ao caminhar, dificuldades para subir ou descer escadas, permanecer mais tempo deitado, dor na palpação, fata de apetite e latidos contínuos.

Dor é um indicativo de problemas no organismo, portanto, não se trata apenas de um incômodo para o animal. Se não controlada, pode causar sérios danos à saúde, que vão desde o estresse até o aumento do risco de morte.

COMBATENDO A DOR

Uma vez detectada a dor, é preciso providenciar métodos adequados para minimizá-la, pois, se não cuidarmos o quanto antes, o problema tende a piorar com o tempo.

A primeira coisa a se fazer é consultar um médico veterinário, pois é ele que lhe dirá a melhor opção de tratamento para o seu bichinho. Diferentes tratamentos podem ser utilizados para combater a dor; o mais comum é o que inclui anti-inflamatórios não esteroidais (AINE), que reduzem a dor e a inflamação.

Paralelamente a isso, você mesmo, dono do animal, pode ajudar seu bichinho a ter mais conforto por meio de algumas atitudes no dia a dia, tais como: uma cama confortável, passeios em superfícies suaves para reduzir o impacto nas articulações, dieta adequada, exercício moderado, evitar ambientes úmidos e colocar comedouro e bebedouro em posições levemente elevadas.